30/04/2007

Mais um fim de semana.
Mais uma feira de artesanato.
The Rocks Market.
Mais um livro comprado.
Mais pessoas com quem falar.
Mais um capuccino na esplanada.
Mais ideias para fazer e conhecer.
Mais sorrisos no meu rosto a cada semana que passa...

25/04/2007

Anzac Day ou Petersham?

Pois não pensem que estive a trabalhar. Dia 25 de Abril também é feriado nacional na Austrália, Anzac Day. Anzac é a sigla para Australian and New Zealand Army Corps, e o feriado foi instituído em honra dos soldados mortos na 1ª Guerra Mundial, apesar de agora ser alargado a todos os soldados Aus/NZ mortos em combate. Existem dois monumentos erigidos como homenagem, O Anzac Memorial, em Hyde Park, e a Anzac Bridge, e todos os anos efectuam-se as tradicionais cerimónias e marchas pela cidade.
Mas como sou Portuguesa, e ainda por cá há pouco tempo, decidi aproveitar o dia para ir conhecer o “bairro dos Portugueses”, Petersham. Esperava ver bastantes portugueses, e com alguma sorte, ainda receber um cravo vermelho. Mas nada disso… Encontrei um subúrbio igual a tantos outros, e a rua principal com lojas e restaurantes já um pouco demodé, mas sim, quase todos portugueses, ou assim se intitulavam. Parei num supermercado onde comprei Nestum Mel, e depois fui a uma pastelaria Sweet Belém, onde fui servida um verdadeiro café e um pastel de nata. O ambiente estava calmo, mas deu para ouvir falar português e saber onde fica este cantinho. Não preciso de voltar tão cedo.

23/04/2007

O Regional

O que estão a ver é, nada mais, nada menos, do que o jornal semanário da minha terrinha, S. João da Madeira. Pois é… alguém abriu um furo muito fundo neste planeta, e agora recebo as notícias in print lá da terra. Com uma semana de atraso, mas mesmo assim, não é que vá fazer muita diferença saber no dia… Agora estou a par de todos os jogos dos putos, das obras da cidade, de quem diz mal e bem de tudo o que se vai passando lá. E até vou apanhando algumas caras conhecidas… boas ou não, isso agora não interessa para nada! Mas a verdade é que nunca lia o jornalito lá em casa dos papás, e agora não me passa nada ao lado... lol

22/04/2007

Jonathan Nasaw – Fear Itself

“Then a letter for Pender arrives at FBI headquarters. Dorie Bell is afraid. Last year she attended a phobia disorders convention in Las Vegas. Since then three attendees have died in strange circumstances… Carl Polander had acrophobia. Fear of heights. So why would he have jumped from the nineteenth floor of a building?... Mara Agajanian had haemophobia. Fear of blood. So how could she have cut her own wrists in the bathtub?... Kimberley Rosen had pnigophobia. Fear of suffocation. She was fished out of a canal – but there as no water in her lungs.
Dorie herself suffers from prosoponophobia. Fear of masks. She suspects there may be a twisted killer on the loose. Someone who preys on people’s worst phobias. Someone who, quite literally, enjoys scaring his vitims to death.”


And a soft but nice paragraph:
“Then Dorie remembered something else, a parable her father once told her when she handy sold a painting in a year and was thinking about giving up and taking a straight job. It was about a man sentenced to death who promised the king that if his life was spared, within a year he would teach the king’s favourite horse to talk. His friends told him he was crazy, that he’d set himself an impossible task. But a year is a long time, he told them. A lot of things can happen in a year. The king could die. The horse could die. Or maybe – who knows? – maybe the horse will actually learn to talk.

16/04/2007

Finalmente! Bondi beach...

Domingo, 15 de Abril… Finalmente fui à praia!!! Bondi Beach, a famosa praia dos surfers e do pessoal giro. Levantei-me o mais cedo que consegui (10h), arranjei-me rápido e lá fui eu. Sabia que ainda tinha que caminhar até à estação, apanhar um comboio até Bondi Junction e depois um autocarro até à praia, e fiz tudo sempre a olhar para o céu, esperando que o bom tempo se mantivesse. E assim aconteceu, com estas voltas todas, uma hora depois estava na praia. Como verdadeira turista que ainda sou nestas ocasiões, puxei da máq fotográfica, e no topo elevado da praia fiquei ainda algum tempo a interiorizar a minha visão… Bondi Beach.


Não é de rara beleza, mas a sua forma de baía, o jardim protegendo a areia fina e branca e um mar lindo, proporcionam uma bela vista. Munida do meu habitual bikini preto, uma nova toalha muito foleira mas que não resisti em comprar (quando não me sentir tão outsider, arranjo uma decente), uma garrafa de água, umas bolachas, um livro de terror e a máq fotográfica, lá desci eu para o areal onde fiquei durante as horas seguintes.
Quando o sol já estava quase a esconder-se atrás da cidade, decidi antecipar-me e mudei-me para uma das esplanadas em frente à praia. Menu happy hour, óptimo, estava cheia de fome! Fish and Fries, e uma cervejinha australiana, não são más! E pronto, quando estava já quase de noite, rumo de volta a casa que ainda tenho aquele caminho todo para fazer!
Para o pessoal que tem-me perguntado se há gente gira por cá… Há! Na minha rotina diária pela cidade e zonas onde tenho de andar, vai-se vendo muita coisa, muitos estilos, e como já disse, muitos asiáticos (o que ainda me perturba um pouco o campo de visão). Mas não desesperem, futuros visitantes deste novo mundo… Já descobri alguns spots! E deixo aqui dois essenciais: A zona de Glebe, que elegi como sendo a minha futura zona de residência (agora só falta encontrar a casa), e a Bondi Beach. Pequenos spots, como bares e cafés, ainda estão em estudo…
Venham, venham!

E pronto, mais um fim-de-semana decorrido. Mais uma semana de trabalho pela frente, que é para isso que aqui estou…

Um sabado simpatico

Mais um fim-de-semana. Este passei-o sozinha, mas foi bastante agradável. No sábado, levantei-me com intenções de ir à praia, mas quando cheguei à rua já havia uma brisa fresca e umas nuvens a querem-me desafiar, por isso decidi ficar pelo centro. Fui fazer um reconhecimento in day light da zona de Glebe. O mercado de Glebe está aberto ao sábado e por consequência a rua principal, recheada de cafés e livrarias fica apinhada de gente “alternativamente” interessante. Percorri todo o mercado, que é composto essencialmente por barracas de roupa e bijutaria, ao som de uma banda jazz electrónico que lá estava para animar a malta. Fiz apenas uma compra, pois ia-me relembrando que era apenas para conhecer, um lindíssimo cacto para a minha secretária do Instituto. A faculdade foi passada a tomar conta da cana de bambu, especialmente oferecida pelas minhas meninas. Desta vez fiz uma mudança (não sei bem se é um upgrade) para os cactos. Há quem já tenha responsabilidade suficiente para bonsais ou orquídeas, mas eu ainda não cheguei lá! ;)
Ora, depois da voltinha pelo mercado de roupa, fui espreitar uma livraria de livros em segunda mão, mesmo ali em frente. Aqui são tão frequentes as livrarias de livros novos como em segunda mão, e se soubessem os preços percebiam porquê! Eu já sou adepta, encontram-se verdadeiras pechinchas em óptima qualidade! E claro, quem me conhece já sabe que gastei dinheiro lá… Um livro de Patrick White, o único escritor australiano a ganhar um prémio Nobel (este blog também vai tendo o seu quê de cultura eheh), se bem que não comprei o livro pelo qual ele foi galardoado, mas outro com uma história mais gira.
Então, para completar a tarde, fui passá-la no meio novo recanto favorito perto de casa, Victoria Park. Já prevenida com um lenço grande e bolachas, armei o meu mini-picnic em frente do laguinho e aproveitei um excelente momento de natureza, literatura, chocolate e sol. E até tirei fotos para comprovar! (mais fotos no habitual link)

Australian Book

Sophie Cunningham – Geography

“So that is my story. Water runs throught it. So dreams and seasons and light. There is Hollywood and blood; once, twice, many times. There is family and friends. ‘Seinfield’ endend shortly before the last time I slept with Michael and the las episode was, appropriately, a disappointment. There are beatings and police, earthquakes and fires and, at the end, the dead of a princess. There is World Wide Web and planes connecting lovers and family together. There is also a fantasy that we live in a global village and distance makes no difference. It does make a difference, I learnt. Distance makes all the difference in the world.”

Pascoa Overseas

Fim de semana da Páscoa. Significa fim de semana prolongado, com sexta-feira santa (aqui também têm disso) e segunda –feira livres. E esta menina começou a planear antecipadamente estes dias, porque tempo a mais ainda me faz mal…

Sexta-feira. Madrugar num feriado é coisa séria, mas a verdade é que às 8h30 da manhã já estava a caminho do comboio. Tinha um dia todo para explorar o zoo principal de Sydney, e tinham-me avisado que iria precisar desse tempo todo. Encontrei-me com a minha companhia, Leigh, Ana, Janicha e Rajesh, pronto para embarcar no ferry que nos levaria até ao Taronga Zoo, na margem oposta à pincipal zona turística de Sydney. O tempo estava uma desgraça, as nuvens cada vez mais escuras e o vento frio, mas nós lá fomos, de casacos e guarda-chuvas, para ver animais! E valeu a pena. Foi um dia muito cansativo mas muito giro. Vimos todos os animais que havia para ver, os espectáculos, as vistas para a cidade, a quinta com explicações dos “ farm animals” para os mais novitos, e claro, deliciei-me com dois belos tigres durante muito tempo (apesar de me dar sempre um sentimento de tristeza de vê-los fechados…). Mas pelo menos aqui eles não estão pequenas jaulas, mas num espaço enorme, aprovisionado como se fosse uma floresta, com um vidro de um dos lados, para nós visitantes nos regalarmos com tamanha beleza. Tirei montes de fotos, e acabei a minha bateria com os tigres, por isso, no álbum do Picasa, vão faltar ainda vários animais muito interessantes, mas há prioridades! Lol

Sábado. Para recuperar do cansaço, dormi até tarde e fui passear para a marina (Darling Harbour). Acabei por ter uma tarde agradável numa esplanada italiana, a ler um livro, e mais tarde com a companhia da Janicha e do Rajesh, que acabaram por me arrastar para um restaurante tailandês vegetariano. Ficamos na conversa e de volta dos pratos até tarde. E depois fizemos quase uma hora de caminhada para fazer a digestão. Acabei por descobrir que também me sinto cheia com erva! Eheheh (Luísa, não estás orgulhosa de mim?)

Domingo. Páscoa. Aceitei um convite muito amável da Rebecca, para almoçar em casa dela. A Rebecca é de Seattle e está cá sozinha desde Outubro, por isso lembrou-se de que seria um bom dia para passarmos juntas, já que toda a gente estava com familiares. E assim foi, almocei com ela (novamente vegetariano porque ela é a 100%) e enchemos a barriga de Ovos de Páscoa (de chocolate, claro!) que lhe levei. Depois fomos passear pelo subúrbio onde ela vive, um zona muito agradável, com jardins, lojinhas tradicionais, muito cafés com bom ambiente, e acabamos por passar grande parte da tarde numa livraria pertencente a um café onde bebemos o (já habitual) cappucino.

Segunda-feira. Dia para mim. Dia para pensar. Dia para escrever. Dia para apanhar sol (o tempo melhorou bastante). Dia para preguiçar no parque, o meu novo spot para “lazy moments”, Victoria Park.